sábado, 21 de setembro de 2013

Cafeicultor de São Pedro da União é destaque na qualidade de cafés especial do sul de minas

O café colhido na região Café das Montanhas cafeeiras, mais especificamente do Sul de Minas, é considerado o melhor café do país, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), em São Pedro da União em média o café é produzido entre 1100m e 1180mts de altitude e este é um dos principais fatores que favorecem a qualidade do grão cultivado. Fernando Barbosa já foi finalista por duas vezes no Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais de café por dois anos consecutivos, tanto com amostras de café natural e também cereja descascado. Neste ano pretende trabalhar apenas com a secagem natural sem descuidar da busca pela qualidade e porque este ano o mercado não está pagando preços que compensem pelo café despolpado. Para manter a qualidade do grão no sitio, ainda não colheu os talhões que acredita ter um diferencial na bebida para dar maior homogeneidade na maturação dos frutos e ter menor qualidade de grãos verdes e maior proporção de grãos cereja e aposta também na gestão correta de sua propriedade e procura seguir a recomendações sugeridas pela assistência técnica. De acordo com o Engenheiro Agrônomo da Emater, Luiz Henrique Brigagão , “participar em concursos de qualidade do café deve ser algo constante para todos cafeicultores que buscam obter um produto de qualidade, ser campeão não é fácil pois a concorrência é grande no Estado todo, mas só de chegar à final é uma prova de que é possível se conseguir qualidade no café produzido, seguindo os passos corretos desde a colheita até o beneficiamento, pois estamos numa região privilegiada com clima e altitude que favorecem. E mesmo com as adversidades climáticas que vem ocorrendo é possível obter lotes de café com qualidade superior, resta encontrar melhores formas de se obter uma remuneração diferenciada para esses cafés e que compensem alguns gastos a mais que são necessários no processo de colheita, secagem e beneficiamento. Outra ferramenta importante é a nutrição adequada das lavouras, a partir da análise de solo, pode-se recomendar as adubações de acordo com a necessidade do solo e das plantas, a ser aplicada de outubro a março de cada ano. Adubação equilibrada não só traz um melhor desenvolvimento vegetativo na planta, mas também melhora a produtividade e traz uma maior resistência à doenças pragas que podem prejudicar a qualidade dos frutos colhidos”. Na cooperativa Cooxupé estuda-se fazer um trabalho para melhoria dos cafés de qualidade diz o presidente em uma reunião com representantes da cafeicultura. Está sendo o Lançamento mais recente da Cooxupé, o Cappuccino Evolutto é uma bebida prática, de preparo instantâneo e já vem adoçado. Seu sabor único, sua cremosidade e praticidade fazem dele o companheiro ideal para os momentos saborosos e na propriedade, apenas o café para consumo próprio é torrado e moído, no próprio sitio, mas já têm planos, para vender parte, desta forma. fazendo parcerias, o Sitio Fazenda Velha quer criar uma marca do Sul de minas e a Propriedade espera utilizar esses cafés especiais e colocar no mercado, esperando fidelizar uma clientela diferenciada que preze pelo consumo de cafés de qualidade e paguem bem por esse tipo de produto. A propriedade faz parte e é certificada Programa CERTIFICA MINAS CAFÉ e tem pretensões de chegar a torrar 35% dos cafés colhidos na propriedade. — em São Pedro da União - MG

Selo brasileiro de café estreia no mercado internacional

Selo brasileiro de café estreia no mercado internacional A empresa líder no comércio de café na Alemanha, Tchibo, é a primeira estrangeira a testar o selo Certifica Minas Café, o único desenvolvido por um governo. A companhia não revela a quantidade do grão negociada por questões de concorrência de mercado. O produto brasileiro embarca em outubro rumo às 77 lojas da marca espalhadas pelo país europeu. "A Tchibo trabalha com todas as certificações de sustentabilidade e a Certifica Minas é a primeira realmente boa certificação local que nós conhecemos. Por isso, nós queríamos prová-la e também mostrar ao governo de Minas Gerais que existe mercado internacional para selos bons e sérios", afirmou Philip von der Goltz, gerente de conceitos de pesquisa na compra de café da Tchibo, em entrevista à DW Brasil. Um terço do café consumindo no mundo vem do Brasil, e Minas Gerais é o maior produtor nacional. Para atender a demanda estrangeira por artigos produzidos de forma sustentável, o governo mineiro lançou uma certificação própria. Ainda pouco popular no país, as certificações garantem ao consumidor padrões de qualidade, sustentabilidade, direitos trabalhistas e processo de produção. A promessa do selo mineiro é garantir ao consumidor que o produto tem qualidade e foi cultivado de forma sustentável. "Ele assegura que o processo de produção respeitou questões sociais, mais especificamente, a legislação trabalhista e também a legislação ambiental", diz Niwton Castro Moraes, coordenador de café da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais. Vários modelos Além do Certifica Minas, existem outros selos que determinam qualidade, origem ou o processo de produção de bens consumo. No Brasil, para o café, há selos de indicação geográfica, como o Região do Cerrado Mineiro, o Norte Pioneiro do Paraná e o Região Serra da Mantiqueira, além dos de qualidade, como os da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) ou da Associação Brasileira de Cafés Especiais. No cenário internacional, os mais conhecidos são o Fairtrade, o Rainforest Alliance ou programas do Código Comum para a Comunidade Cafeeira 4C. Essas certificações estabelecem padrões de sustentabilidade, parecidos com os do selo mineiro. "As principais diferenças são as abordagens específicas e objetivo principal do selo. O Fairtrade busca comércio justo, remunerando melhor o produtor, o Rainforest verifica padrões de preservação da natureza, os selos da Abic estão focados na qualidade da bebida e da pureza do café", diz Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic. Ainda assim, a grande maioria dos brasileiros, ou seja 75%, não conhecem essas certificações. Café com mais valor Segundo Moraes, o Certifica Minas abre mercados internacionais para os produtores, além de agregar valor econômico ao produto. Mas diferentemente de alguns selos que estabelecem um preço mínimo de venda, o mineiro deixa essa negociação nas mãos dos cafeicultores. Em 2012, 1.643 produtores estavam credenciados no programa, desses 52% são propriedades de agricultura familiar. A meta da secretaria para esse ano é aumentar esse número para 1.750. Os produtores que têm interesse de integrar o programa recebem apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), que assessora tecnicamente, presta consultoria sobre questões agronômicas e também orienta a adequação da propriedade para atender as exigências da certificação. Após a visita da Emater e antes da auditoria final externa, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) faz uma vistoria para verificar se as propriedades foram adequadas de maneira correta. A inscrição no programa é gratuita. Deutsche Welle